Dove l'amore?

"Falar que tudo é a mesma coisa é burrice. Falar que somente o presente importa é idiotice. Falar que as pessoas são imutáveis é mentira. Falar que o ser humano é ruim, é pessimismo. Falar que não há evolução é retrógrado. Falar que a vida é bela, clichê! Essas afirmações são tão relativas, que acabam se tornando palavras desconexas quando analisadas a fundo. Não venho falar nem meias nem totais verdades. Afinal, apóio Einstein no que diz a teoria da relatividade. Meu total apoio também a Newton, quanto à lei de causa e efeito. Bem, essa técnica de explicar questões através de rodeios é o que uso hoje. Aliás, nada melhor que enrolar uma pessoa, não é? Pelo menos é o que mais vejo acontecer hoje em dia.

Ninguém é dono da verdade, ninguém tem opinião certa, ninguém quer tomar partido. Todo mundo politica e eticamente correto. Diplomacia é tudo, meus caros! E diplomata eu sei bem ser. Respondo aos questionamentos, mas sem me perder em debates totalmente dispensáveis. Sim e não nunca bastam. Deve haver um discurso para todo ato. E cada palavra deve ser bem medida, pra não ser desperdiçada. Enfim, o que quero dizer é que conviver em sociedade é uma arte. Todos somos artistas, uns menos outros mais talentosos. Por favor, não pensem que ignoro a sinceridade (ainda vou chegar nessa parte). Bem, alguns atuam como galãs, outros como vilões, e há ainda os palhaços, imitadores, dançarinos, vampiros, loucos... e por aí vai. Cada pessoa vê a vida como filme onde ela é a protagonista. E os filmes se entrecruzam, formando um verdadeiro redemoinho, e salve-se quem puder! Quando o bandido se passa por mocinho, não é só do xerife o dever de detê-lo...

Politicamente corretos ou errados, cada um segue as leis que prefere e convêm. E para cada escolha há um resultado. Cada efeito se refere a uma causa. O resumo de tudo isso? Basta observar uma família. Entre brigas e discussões, todos se entendem no final, nem que tenham de ir ao inferno e voltar para resolver suas intrigas. Assim segue-se a fantástica linha da vida. Nada é a mesma coisa, apesar de algumas coisas serem parecidas. E o presente nada representa senão o resultado do ontem, e a oportunidade que temos para fazer o futuro, onde o que vivemos hoje será o ontem. Portanto, o que vivenciamos hoje pode sim nos fazer pessoas melhores ou piores amanhã. Tudo é relativo e depende da nossa força de vontade. Ninguém é pra sempre mentiroso ou invejoso ou orgulhoso. Um dia a casa cai. E quando isso acontece, sempre tem um outro ser humano pronto pra ajudar a levantar. Isso é inegável.

Certo ou errado, ninguém é igual ao que era um dia antes. Nós envelhecemos. E com o passar do tempo, o valor das coisas muda. Deixamos de nos preocupar tanto com a opinião alheia, e passamos a enxergar o horizonte mais amplo. Isso acontece com todos, nem que o aumento de amplitude seja um milímetro.
Por mais que seja clichê, a vida é bela... Não se olharmos para o cenário de violência e ódio que nos cerca. Mas bela pela percepção de Deus. Sei que falar sobre Deus parece algo extremamente religioso. E é. Mas pra mim é natural... Falar sobre a força que nos mantêm vivos, força que nos dá oportunidade de acordar todos os dias para evoluir, e cuja lei é simples e soberana: amai-vos! Então, o que pretendo com esse papo todo é transmitir paz. O amor não é uma coisa de outro mundo, que aparece somente em filmes de Hollywood, nem uma jóia preciosa e caríssima. É difícil, mas o encontramos dentro de nós. Afinal, fomos criados pelo amor. Está no nosso DNA. Por isso, crer que o ser humano é ruim, pra mim é besteira. Se nós fomos criados por Deus, como é que pode alguém ter natureza ruim? O que nos torna bom ou ruim é nossa conduta.

Como disse no início, não trago verdades absolutas. Minha opinião é relativa, como a de qualquer outra pessoa. Afinal, até a crença em Deus é assunto que gera polêmica.
Enfim, o amor vem acima de tudo, inclusive da nossa vã filosofia. Nada realmente importa, o amor é tudo que precisamos."

Essa foi a epifania que tive hoje. Acabei de ler um livro espírita (sim, sou espírita), muito bom por sinal. Chama-se "Sem regras para amar". Devo estar inspirado pela mensagem do livro, claro. Mas antes disso, assisti finalmente ao "Crepúsculo". Quanto ao filme, achei bastante fidedigno em relação ao livro, apesar de o livro ser bem mais emocionante (como sempre). Mas o feedback foi muito positivo. Recomendo.

Bom, e pra expressar meu amor, coloco aqui a foto de Laura, que já entrou em turnê pelo seu novo álbum (Primavera in anticipo). Quem sabe eu assistirei a esse show aqui no Brasil...